Ainda Vergílio

Ainda Vergílio

"...Aquilo que mais se quer esquecer é aquilo que mais se lembra. Porque querer esquecer é lembrar, o que se não lembra é apenas o que se esquece mas não se quer esquecer."

Trabalho, Trabalho, Trabalho

Trabalho, Trabalho, Trabalho

Eu gosto de exagerar o que efectivamente faço.

Mas tenho tido algum trabalho, tenho... lá isso tenho.

E só na sexta-feira é que posso fazer pausa...

Curto e Grosso - "Puta que pariu!"

Noite semi-qualquer-coisa

Acabei de sair de um mini-seminário sobre astronomia organizado por uns colegas de curso em que ouvi falar sobre os rovers que percorrem marte entre outras coisas. Foi pena as nuvens não nos deixarem fazer umas observações... Os telescópios tiveram de ficar na mala do carro :-( o que não nos impediu de ver o céu nocturno, graças a um programa de computador. Pelos vistos é melhor ainda do que ver "ao vivo" segundo o professor José Matos, o conferencista. Gostei particularmente da parte em que ele descascou em cima das astrólogas e tarólogas de programa de manhã. Nenhuma delas faz a mínima ideia do que diz quando se refere à órbita do sol sobre a constelação x ou y. Nada de novo para mim mas foi engraçado ver alguém que partilha da minha antipatia para com esses seres.

Ouço Dire Straits, Brothers in Arms.
Estou com sono e cansado mas não me apetece deitar. Não sei o que faça. Ando esquisito e a tentar fugir ao trabalho que tenho a fazer. Não que me assuste mas este calor não ajuda nada. Um blog que dantes servia apenas para escrever aquilo que tomava como muito relevante surge agora como mais uma oportunidade de ócio.
Tive um pequeno diferendo com um amigo sobre o qual não quero falar.
Amanhã regresso "à base" (Cantanhede) onde espero encontrar mais vontade de trabalhar. Força a mim! Tenho de entregar no mesmo dia o projecto de Multimédia, Engenharia dos Agentes Inteligentes e no dia anterior o trabalho de IIA. Quelle merde...

Links

Concordo.
Estou pasmado.

Hoje deu-me para isto, que querem... e o projecto de multimédia cada vez mais atrasado... As partes são, na soma, o todo.

Treacherous memories

Confesso o meu fascínio por este livro. "Em nome da terra" de Vergílio Ferreira entra para o meu rol de livros de culto. Transcrevo mais uma passagem que encontrei e na qual revejo as minhas relações com as recordações de infância.

"...Mas é assim com tudo na vida. Às vezes coisas raquíticas na sua importância crescem connosco, nunca te aconteceu? Crescem connosco como carraças, ferradas em nós num sítio invisível. Ou como pequenas agulhas que os médicos esquecem nos doentes quando os operam até que um dia doem e se sabe que estão lá. Porque diabo estas coisinhas minúsculas nunca se despegam de nós e há outras de grande tamanho, com possibilidade vitais, e que nos largam no caminho? Quem é que vem fazer-nos a selecção? O homem é um ser tão improvável. Há um modo incompreensível de a gente ir sendo e há o incompreensível de as coisas pertencerem ou não a esse modo. Todos os dias a gente vai metendo coisas ao bolso, Mónica. E de vez em quando levamos a mão ao bolso e das muitas coisas que lá metemos só lá está o cotão. Ou então estão só merdículas sem importância, bocados de frases que já nem sabemos o que querem dizer, piadas para atrasados mentais mas que não arrancam dali, restos de vexames ou alegrias incompreensíveis, recortes de coisas que não encaixam em nada porque se perdeu o plano geral, locais e horas em que se foi vivo não se sabe porquê - quem é que nos organiza este mapa esfarrapado?..."

Abre-me as portas do mar

Abre-me as portas do mar, do teu mar.
Leva-me pela mão e deixa-me mergulhar em ti,
Como quem mergulha na infinitude espacial
De um olhar que se perde no céu.

Faz de mim um barco a navegar
nas ondas do teu corpo.
Deixa-me ser o timoneiro do teu sentir,
Embarcado na dor e na alegria de viver.

Abre-me a janela do ouvir,
O marulhar da tua voz doce,
por sobre a multidão.

Quero deixar os teus lábios serenos,
De um vermelho tão de carne
Beijarem-me os olhos ao longe.

Numa esplanada sobre o mar

Tive este fim-de-semana a oportunidade de me deslocar à minha praia (para os menos atentos, Palheiros da Tocha). Passei uma horita de frente para o elementar, a olhar, olhar, olhar... que vício este de olhar o que é belo. Hoje quando lia "em nome da terra" de Vergílio Ferreira deparei com este parágrafo que vos transcrevo e que parece ter sido escrito lá onde ontem repousei um pouco, não fora a discrepância temporal (Vergílio Ferreira escreve-nos no Outono e eu na primavera mas com um sol imensamente semelhante).

"...Deixa-me olhar um pouco o mar. Deixa-me estar um pouco sem tempo, que é a verdade do azul do mar. Deixa-me perder a idade que perdi. Há espaço bastante a todo o horizonte marinho para o bocado de infinito que ainda trago comigo. Há ainda veraneantes na praia para eu daqui tomar banho com eles. Vou respirar fundo, que é o que sempre apetece diante do mar para inspirarmos o universo com a inspiração. Vou ficar a olhar o brilho das águas nos jogos do meu devaneio. Está uma tarde quieta transparente. Nítida. Sem o calor do verão que embacia as coisas, mas não posso ficar eternamente a olhar..."

Eu podia.

Anseio o verão. Mas sinto que antes há que fazer por merecê-lo. Troveja hoje em Coimbra. Já o esperava. Vivam os senhores da meteorologia que me avisaram.

Minor updates + Queima

Terminou ontem a Queima das Fitas 2004 em Coimbra.
Como deve ser fácil imaginar, não tive nem tempo nem presença de espírito para escrever o que quer que fosse aqui.
Recordo alguns momentos importantes da semana-e-picos que passou sem no entanto me cingir à cronologia e fazendo-o como se de pequenos flashes se tratassem:

- Rave nas Químicas - O VJ tinha um Mac :)
- Engenharia dos Golfinhos... lol
- I Am Sam (epá, eu confesso que chorei a ver o diabo do filme...)
- "Mosh" no concerto dos Blasted Mechanism - apanhei com os pés de um camelo qualquer na carola
- Uma conversa interminável com uma gaja loira cujo nome não recordo e que se vai casar no dia 10 de Junho.
- Um caloiro chato, chato, chato como a potassa.
- Um parolo com uma T-shirt dos xutos e com um casaco de malha branco que sabia todas as letras das músicas novas (!) de cor. (É que as antigas ainda vá que não vá...)
- Um piercing no umbigo bastante sexy
- Umas ressacas moderadas
- Queimar o grelo
- Uma viagem, alucinantemente alienado, no Carro de Engenharia Informática no cortejo.
- Flores, flores e mais flores... de papel. Arranhões nos arames e 2400 cervejas para nós...
- Vodka com coca-cola(!) porque já não havia mais sumo de limão.
- Arrancar partes do carro com um pé-de-cabra.
- Moranguito ! ! !
- Gambas e camarão.
- Fazer sandes na cantina para levar no carro.
- Não há packs? Como não há packs?!
- Queria uma Super Bock, sff. O que é que não percebeu? Super ou Bock?
- Sagres?! 20cl?! 1??! P***a que os pariu!!!
- Como não há baldes?!
- A AAC é nossa amiga (é é...)
- BLI - Brigada Ligeira de Intervenção?
- Um abraço que durou uma noite.
- Golo! 4-1 Brioooooooooooooooooooosa!!! (e o gajo do megafone "Tudo a saltar caralho!").
- "ÉS O MAIOR!!!"
- Puta que pariu a bebida. Faz-nos fazer asneiras atrás de asneiras... Que diabo.
- "Derlei!"
- "Onde é que está a gâmbia?"
- Abraçado ao Espinhal, com as lágrimas nos olhos, por tudo o que passou de bom e de mau, num quase-adeus triste-e-alegre... "Coimbra tem mais encanto, na hora da despedida." (E que se foda o cliché!)
- Pablito, o espanhol que nos ofereceu 5 finos.
- Cravar um cachorro à Maura (menina do psicológico).
- Pequeno-Almoço no Tamoeiro (careiros, chulos e aldrabões. Pré-Pagamento?!?! Que diabo...)

E mais... muito mais.
Muito mais emoção, muito mais bebedeira, muito mais diversão, muito mais alienação, muito mais... porque a queima não é só a queima, é sempre muito mais do que isso.

Depois disto, vêm os trabalhos que ficaram por fazer e têm de ser feitos agora... mas é na boa :)

Problemas Técnicos

Problemas técnicos

Vou hoje divulgar algum do background técnico deste blog para poder depois justificar alguns acontecimentos que antecipadamente prevejo para os próximos tempos.

O blog surgiu após ter ficado fascinado com um site que agregava vários blogs onde inúmeros links para a página da blogger me revelaram mais tarde como se podia fazer uma coisa que na altura era ainda um pouco desconhecida na internet portuguesa (aquela que se encontra dentro de portugal, porque depois há a internet dos outros).

O primeiro post data de Quinta, 17 de Janeiro às 06 e 53 da tarde. Não me perguntem o que estava a pensar na altura, o que é certo é que o fiz.
Certo é que o blog só começou a ganhar vida um pouco mais tarde, um pouco com a explosão da blogosfera portuguesa, um pouco por força da minha necessidade de dizer "Eu também tenho um! E há mais tempo do que vocês ! ! !". Todos temos necessidade de somar algo ao ego. Ainda que seja uma soma interna...

Agora sim, as questões técnicas:

O servidor onde alojo o meu blog é um velhote PII 266 a correr SuSE Linux 8.0 Que reside neste momento comigo num apartamento em Coimbra, cidade onde estudo.
Com o passar dos anos de serviço da máquina esta foi acumulando algum pó na ventoínha do dissipador, o que provoca um funcionamento deficiente e sobretudo barulhento da mesma. Isto não prejudica o arrefecimento (julgo que poderia ter a máquina a correr sem dissipador sequer que nada de especial iria acontecer) mas é prejudicial ao sono dos amigos que podem vir cá dormir durante esse grandioso evento (yeah, right!) que é a queima das fitas. Adicionalmente, visto não ter nenhuma unidade UPS a suportar o abastecimento de energia da máquina (certamente hão-de concordar que a "Availability" deste serviço não é assim tão importante como isso) e visto ainda o prédio, apesar de novo, estar a sofrer obras de adaptação nas lojas no rés-do-chão, sempre que falta a luz (esta manhã aconteceu 4 vezes consecutivas) o servidor (o mesmo que vos serviu esta maravilhosa página) desliga-se.

Serve isto para vos fazer notar que caso o site esteja em baixo, não desistam de regressar. Embora caso o site esteja em baixo vocês não possam ler isto de modo algum... sei lá, vão procurá-lo à cache do google. A todos uma boa queima. (como se isso interessasse a alguém... quanto mais decadente é a queima, melhor é... ou não. Eu sei lá o que pensar? Mete-me nojo mas eu vou lá na mesma. Enfim...)