segunda-feira, fevereiro 27, 2006

Taro Ariga voltou

Se há coisa que eu gosto nos estágios é que servem para introduzir coisas novas. Desta vez o estágio internacional de kendo promovido pela APK com o Sensei Taro Ariga e Sensei I. Choi decorreu nas instalações da Companhia Nacional de Natação em Lisboa.

O Sensei centrou o estágio no conceito subjacente às técnicas de kiriotoshi, nuki e debana. A ideia é atacar antes ou em simultâneo com o adversário, em vez de esperar o ataque deste para defender e contra-atacar. Fazê-lo sempre tentando trazer o adversário até nós, provocando activamente o seu ataque. Apresentou ainda uma série de técnicas para treinar com bokuto designadas por itto ryu que são praticadas habitualmente pela polícia de tokyo.

O grupo foi por duas vezes dividido de acordo com as suas capacidades técnicas e os mais novos (onde eu me insiro) ficaram à guarda do Sensei Osaka (APK, Lisboa). Mais tarde durante o ji-geiko tive a oportunidade de praticar com uma série de graduados o que foi bastante importante para mim.

Aquilo que eu gosto nos estágios é que permitem ao participante contactar com muita gente diferente. Isto permite entre outras coisas ter uma ideia do nosso nível e mais importante do que isso - da nossa capacidade de aprendizagem. Os estágios são para mim um bom indicador de progresso, 1000x melhor do que os torneios ou campeonatos. É esta oportunidade de praticar com muitas pessoas diferentes que por vezes me faz ter surpresas interessantes e outras nem por isso. Em relação a este facto só tenho a apontar isto.

Nota: O conceito de kiriotoshi não me é de todo estranho e vem sublinhar aquilo que o Sensei Pierre Delorme sempre salientou nos estágios em ten-chi - "Kendo c'est fait en avançant, pas en reculant."

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

A ordem natural das coisas.


Adeus avô.

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Quando voltas?

Volto na Segunda.

Ok.

terça-feira, fevereiro 14, 2006

A estupidez

Há situações que gostaria de evitar mas não consigo, como a de me deixar afectar por coisas do mundo. Sinto latente algo com que não me apetece lidar. Não percebo porque tenho de dobrar com tanta facilidade.

Acho que tem qualquer coisa a ver com olhos.

Não sei bem ao certo. O facto é que não percebo bem o mundo e ele vinga-se de mim, mostrando-me coisas que sei não poder tocar, frutos proíbidos. Acho que é o castigo que mereço pelo desprezo que sempre mostrei por ele... o mundo.

Quem és tu? Vi-te tão brevemente e não consegui despegar de ti o olhar. Que me vais trazer tu? Quem és tu?

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

Numerologia dos SMTUC

Conforme se pode verificar aqui os smtuc omitem na numeração das suas linhas os números 8 e 15 bem como todos os iguais ou inferiores a zero e superiores a 41. Embora consiga compreender as duas últimas omissões, não consigo equacionar a ausência de dois números tão fundamentais como o 8 e o 15. Tenha-se em atenção que o primeiro representa claramente o número de dias da semana completa + 1 e o segundo obviamente o número de horas contidas em meio dia + 3.

Geekish?

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Exames

No filme de Stanley Kubrick "2001 - A space odissey" o computador central da nave espacial chama-se HAL. Há quem diga que isso se deve ao facto de serem as letras que precedem as que formam a sigla IBM, já à data o gigante da computação.

Detesto os exames. Nunca consigo tirar o mesmo rendimento na época de exames que tiro durante o resto do semestre. Começo a chegar à perigosa conclusão de que sou incapaz de trabalhar sem ser sob pressão. A época de exames é demasiado relaxada. Não há horários, não há obrigatoriedade de acordar cedo. A única coisa a que somos obrigados é estar lá no dia do exame para assinar a folha e pronto. Isto faz com que não sinta a pressão suficiente para estar a estudar em permanência. Há sempre mil-e-uma coisas para fazer que substituem o estudo. Verdade seja dita que a sobrecarga do resto do semestre nos obriga a deixar vários assuntos pendentes para tratar agora.
Destesto os exames.

Que post de NFSEB.

Kagami Biraki

Os japoneses falam japonês, o que não dá muito jeito quando as sua fonética se assemelha à de expressões portuguesas menos próprias.

Kagami Biraki é uma festa que decorre normalmente em Janeiro e que tem vários significados, sendo o mais vulgar representar a renovação do espírito e a entrada em força no novo ano. Na maioria dos dojos japoneses é habitual celebrar o Kagami Biraki dando uma grande festa em que estão presentes não só os praticantes da escola mas também os seus familiares e amigos. Durante essa festa é habitual todos os praticantes demonstrarem um pouco do que aprenderam durante o ano que passou e a festa termina tradicionalmente com um grande jantar dentro do dojo.

Assim foi em Ten-Chi durante o fim-de-semana que passou. A festa começou às 18h30 e todos os dojos ligados à escola Ten-Chi apresentaram o seu trabalho. Houve demonstrações de Aikido (a arte mais praticada na escola) bem como de Iaido, Kendo e Ten-Chi Tessen. Em seguida, numa clara inversão de papéis, os yudansha (alunos mais graduados, com pelo menos 1º dan) serviram o jantar a todos os presentes (+/- 400 pessoas) no que foi uma clara demonstração do espírito de Ten-Chi. O jantar foi sushi, regado com saké e cerveja e uma fantástica combinação do moderno com o tradicional - Sakêrinha - ou seja, caipirinha de saké!!!

Terminámos a noite no dojo e depois de arrumarmos todas as mesas, ainda sob o efeito do saké houve quem quisesse ainda treinar um pouco de aikido. Ainda desafiei um colega para colocarmos a armadura e treinarmos um pouco de kendo mas ele fraquejou ;-D. Às 4h00 enfiámo-nos nos sacos-cama e dormimos sobre o tatami, todos amontoados para nos aquecermos (sim, porque o dojo é frio que se farta). No dia seguinte às 9h00 estávamos a acordar para estar a treinar em alcântara às 11h00, numa aula orientada pelo professor Stéphane Goffin.
Acabámos de almoçar às 16h00. Nevava, na rua.

(Contexto histórico completo do kagami biraki aqui)