terça-feira, maio 18, 2004

Abre-me as portas do mar

Abre-me as portas do mar, do teu mar.
Leva-me pela mão e deixa-me mergulhar em ti,
Como quem mergulha na infinitude espacial
De um olhar que se perde no céu.

Faz de mim um barco a navegar
nas ondas do teu corpo.
Deixa-me ser o timoneiro do teu sentir,
Embarcado na dor e na alegria de viver.

Abre-me a janela do ouvir,
O marulhar da tua voz doce,
por sobre a multidão.

Quero deixar os teus lábios serenos,
De um vermelho tão de carne
Beijarem-me os olhos ao longe.