De porto em porto
De estrela em estrela
Caminhos de sorte e morte,
Como pégadas na areia.
Assim é meu existir
Passos concretos, decisivos
Apagados pelo mar do tempo,
Caminhando em círculos
Infinitos
O barco é algo que eu também sou,
Ou melhor, eu faço parte do barco
Como ele faz parte de mim
Complementando-nos
Sou o capitão de um navio naufragado.
Intrépido esqueleto, jazendo no convés
À espera que passe a tempestade.
Guardo em mim os cheiros e as cores
De tudo por onde passei
Os sons e os sabores de tudo o que vivi.
Sou Barco, Capitão e Diário de Bordo.
Oh Mar...
3/09/2002