domingo, fevereiro 22, 2004

Tanto para dizer e sem saber como

Tanto para dizer e sem saber como o fazer.

Trago em mim latente um texto que breve aqui publicarei.
Por agora referenciarei apenas a dificuldade que é organizar toda uma mente para poder depois despejar tudo sob qualquer forma sem prejuízo estético ou da honestidade que devemos a nós mesmos.

A vida está feita de coisas tristes. A minha vida está feita de coisas tristes.
Também de coisas alegres, é certo, embora a dor nos marque por vezes mais do que a alegria.

Concordo contigo Zé, quando dizias que a alegria era um sentimento menor.
Discordo de ti Zé, quando dizias que a alegria era um sentimento menor.

Não sei com que concordar ou discordar. Sou o homem do limbo, deste limbo entre céu e inferno. E como qualquer artista que se preze tenho que ter muito equilíbrio. Muito equilíbrio para não cair nem para um lado nem para outro. Acima de tudo o que está em questão é o equilíbrio.
(Preciso de encontrar a minha paz. Mesmo que ela não esteja em ti.)
Sem que se possa e saiba caminhar sem medo nunca haverá certeza de nada.

Revejo-me em Álvaro de Campos.
Revejo-me em Alberto Caeiro.
Para que lado devo cair?