A revelação por revelar ou o nada com outro nome
Escrevo hoje carregando comigo o peso da responsabilidade.
Confesso que gosto de ver os outros felizes mas nunca tinha feito um tão grande esforço por ensinar alguém a ser feliz, a descobrir o caminho, a verdade e a vida (passo o catolicismo que não professo). Nunca tinha insistido tanto com alguém para que mudasse o rumo dos acontecimentos, para que virasse as costas a um passado de fuga e desbravasse um novo futuro à luz de uma nova filosofia de vida, de uma nova mensagem.
O ser humano tem o clássico problema da inércia que embora possa parecer interessante quando justifica que nos deixemos levar pelo movimento que já trazemos mas que peca por não contribuir para que saiamos do mesmo sítio. Será por isso tão mais fácil deixar ficar mal o que está mal quanto é fácil fugir do que estamos habituados a fugir? Concerteza. Por princípio não concordo com fugas se não estiver muito largamente superado em número. Não posso concordar com fugas por laxismo e inércia. Nunca.
Por isso brado bem alto que a nossa felicidade não resulta nunca de uma fuga mas da soma das batalhas que travamos ao longo de existências mais ou menos conturbadas. Mesmo nas derrotas devemos procurar força para as novas batalhas. Se nunca as travarmos, nunca saberemos se valeram a pena. acima de tudo é isto.
(Sim, sei... este último parágrafo... são tudo clichés... mas são verdade, porra.)
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