Genéricamente detesto os domingos. São dias em que não há tempo para nada senão para fazer compras, arrumar o saco, um café apressado e vir para Coimbra viver mais uma semana.
Mas este domingo foi diferente.
Mãos nas mãos, no carro, olhos nos olhos, palavras bonitas e sinceras (e poderá haver beleza que não a sincera?), diferentes de todas as que aparecem nos SMS e nas páginas da internet. Palavras que nos enlevam. Carinho, muito... Foi o melhor domingo que eu já tive nos últimos quatro anos, confesso.
E é por estas coisas que gosto de ti, pelos momentos que me proporcionas, por saber que sabes que te amo.
Mas ontem... ontem foi demasiado. 24 horas sem te respirar é demais. Obsessão? Vício que descamba em ansiedade... O velho cliché de que "...só damos valor às coisas quando não as temos..." seria redutor. Faria de ti o que não és aos meus olhos.
Será fraquejar assim tanto se disser que quase chorei ontem à noite?
Será hipocrisia minha não o ter feito porque tinha de ir ter com os meus amigos?
Será que os olhos também não incham sozinhos com as lágrimas que não derramamos?
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