segunda-feira, abril 25, 2005

A irmandade do carburador

Não que tenha algo contra quem ainda faz o favor de me ir lendo (amigos, família, curiosos e acidentais) mas há certas e determinados assuntos que sempre achei que não devia trazer para aqui. Infelizmente no entanto, este escape é o que está mais à mão no dia de hoje em particular.

Quando há demasiadas coisas que não me cabem na cabeça começo a questionar se a culpa é da cabeça que não é suficientemente elástica ou se é das coisas que não foram efectivamente feitas para lá caber. O caso em particular, que farei por camuflar com palavreado excessivamente (diria até presunçosamente) metafórico, prende-se com a incapacidade de reconhecer autoridade e direitos.

Erros todos cometem. Cabe-nos fazer deles não traumas mas lições. Justamente por isso não admito que tentem atirar-me à cara coisas que não vão colar. Reconheço que algumas decisões que tenho tomado na vida não têm sido as mais correctas mas quem nunca pecou que atire a primeira pedra. Ninguém nos ensina a viver. Lamento mas é a mais pura das verdades. Não houve no entanto na minha vida nenhuma altura em que tenha atingido uma perspectiva tão abrangente sobre o que significa viver e gerir a nossa vida como desde Setembro para cá. Ainda assim não me arrisco sequer para mim mesmo a presumir-me detentor de verdade alguma.

Como tal, fico triste que alguém que em alguns lados cresceu demais, por culpa de ninguém, se julgue senhor de um conhecimento que não possui e que tenha a veleidade de dizer que não faz as coisas ao acaso. Tamanha presunção não fica bem a ninguém. Mais ainda quando não consegue dizê-lo sem recorrer ao insulto, à chantagem, à provocação e a tentativas de manipulação. Espero sinceramente, porque afinal estamos a falar de alguém que admiro e de quem gosto sinceramente, que no dia em que se aperceba da realidade, não seja tarde demais.

Agradecia por favor que não comentassem o post.
Obrigado.