quarta-feira, fevereiro 23, 2005

Sic transit gloria mundi

Há na tua vida um momento em que te apercebes da necessidade de comprar uma arma automática e descarregar uns balázios na carola de alguém. Se não puderes comprar uma arma, uma faca serve. Quanto ao resto fica a esperança de um dia o céu ser azul e a felicidade reinar no país dos póneis. Não que eu ligue muito a essas coisas.
Não sei o que faça mas parece-me que o Joe anda a abusar. Tem tiques, sabes... E anda outra vez a cheirar a perfume de puta. A São está normal. Comprou ontem uma frigideira nova e anda toda contente.
Sic transit gloria mundi, digo eu.
Sócrates era homem há 1606 anos atrás. Depois morreu.
Há em Pleasantville uma fábrica-oficina de relógios de cuco, de pulso e de bolso. Nunca lá fui mas dizem que é das coisas mais interessantes que se possa imaginar. Pequenos homens operam grandes máquinas para que grandes homens possam usar pequenas máquinas. Certezas inabaláveis, ninguém as tem. Eu também não - senão vejamos: A água que bebemos é tão transparente como o vidro pelo qual vejo a micro-paisagem primaveril do canteiro de flores em que Jane plantou malmequeres e amores-perfeitos.
Era um café, por favor.