quinta-feira, novembro 04, 2004

Qualquer coisa suja.

Os prédios da cidade
Jogam às escondidas com o nevoeiro
E os candeeiros
São constelações desordenadas a flutuar na noite.

Os corpos que carregam almas
Correm vazios pelo infinito.
São reflexos baços do luar
Que nos cega sem saber que o faz.

Mais uma bebida, só mais um copo
Mais um sentimento, será o primeiro
A ter enfim realidade,
Mesmo que só eu pense assim.

Corpos em chamas sem ninguém pedir para parar.
Noites na cidade que finge dormir
Para me enganar a solidão,
Para me calar o silêncio.